obesidade e desnutrição na adolescência

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O excesso de peso nem sempre se traduz num bom estado nutricional. Significa apenas a ingestão de muitas calorias, mais do que somos capazes de gastar. Portanto, podemos aceitar a idéia da coexistência de um estado de sobrepeso ou mesmo obesidade e carências nutricionais, em suas mais variadas formas.
Podemos encontrar essa associação com maior freqüência em populações de baixa renda, onde o baixo custo e a praticidade do consumo dos alimentos industrializados - ricos em gordura, carboidratos e calorias - ganha a preferência sobre os alimentos naturais, que necessitam de tempo e disposição para o preparo. Resultado: entre as principais carências alimentares, estão a anemia por deficiência de ferro, vitaminas do complexo B e de cálcio.
Uma pessoa que foi subnutrida na infância e na adolescência tem uma tendência muito grande à obesidade na vida adulta, principalmente porque o organismo, acostumado a trabalhar com um número de calorias muito baixo, parece não conseguir manter um peso normal quando passa a consumir alimentos muito calóricos, como, por exemplo, refrigerantes, bolachas recheadas, frituras, chocolates e guloseimas.
Entre as classes média e alta, o grupo de maior risco são os adolescentes. Entre eles há referências de baixa ingestão de cálcio e alta ingestão de carboidratos e gorduras. Uma vez que a massa mineral óssea é formada até por volta dos 25 anos e o estirão da adolescência requer grande aporte de cálcio, esse grupo se torna vulnerável à desnutrição associada à obesidade. Um tipo de desnutrição difícil de ser diagnosticada, em virtude da coexistência da obesidade.

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